quarta-feira, 27 de junho de 2012

JACINTO FÁBIO CORRÊA

Jacinto Fábio Corrêa é um fenômeno. Com 10 livros de poesia publicados e um público fiel que lota os teatros onde normalmente faz seus lançamentos em espetáculos muito bem produzidos, não se deixa levar por modismos, nem se importa com que a mídia burra não o reconheça como fenômeno. Também não me consta que participe de concursos. Esses não são os seus objetivos. O que lhe interessa é criar, a partir de temas bem definidos, universos que explora até que se transformem em livros sempre muito criativos. Feito isso, parte logo para nova empreitada, com igual entusiasmo. É, ao mesmo tempo, um criador e um trabalhador da poesia. Nesse campo, então, ainda mais raro, exercita, com o olhar perspicaz e sempre afetuoso, uma grande qualidade que é sugerir e apontar soluções para problemas que o poeta às vezes não vê, embebido que esteve em transformar em palavras o seu pensamento. Eu diria que ele é um mestre no acabamento. 
O grupo de oficina permanente que freqüenta na casa da poeta Adele Weber é testemunha do que digo.
Por acaso, o que Jacinto faz neste mundo é ser jornalista e publicitário, diretor de Planejamento e Comunicação do SENAC nacional. Mas isso é apenas por acaso. Talvez seja verdade que tenha sido posto ali para que desse modo fique mais ligado ao mundo. Se o deixassem sem amarras, Jacinto talvez voasse, e não o teríamos por perto. O que também não seria justo.
Estão convidados, portanto, para sábado, conhecer Casa de Algaços, o novo abraço de Jacinto,
que não é de perder. 


para saber mais sobre o autor, visite www.jacintocorrea.com.br


sexta-feira, 22 de junho de 2012

VANESSA BUFFONE & LUCIEN ELSEN

Uma coisa boa que me aconteceu num maio que já vai quase longe foi a estréia no palco da minha querida amiga e poeta Vanessa Buffone, que saiu de Salvador para Ibiza e retomou com vontade sua vocação cênica.
Também me enche de orgulho saber que ela leva a poesia aos presos de Ibiza. E lá estão eles aprendendo a falar de si mesmos, escolhendo as próprias palavras, descobrindo que há neles alguma coisa além de tristeza e maus tratos; que cada vida é essencial.








Lucien Elsen & Vanessa Buffone
present
Salar - John W. Pain & The Mermaid


Absurd Theater Clown Performance,
powered by Eric d’Bont.


26th May 2012, Saturday, 9:30pm
at Bont's International Clown School,
Carretera de San Josep, Ibiza, Spain.
+34 971 801 585
Ei-la em sua casa marroquina, pensando e vivendo arte
e liberdade

[ VERSOS ALEXANDRINOS ] II




"[Os Versos Alexandrinos] configuram um profícuo encontro entre dois artistas múltiplos, uma conspícua viagem pelas veredas mútuas da música e da poesia (e vice-verso!), repletas de visualidade!" (Prof. Antenor Fronte, filólogo e semiólogo da Unifandro)


Alexandre Guarnieri descobriu que palavras são as máscaras da fala. resolveu capturá-las. escolheu o livro como armadilha. foi quando nasceu seu primeiro filho, a "Casa das Máquinas" (2011, EP); Historiador da Arte (e a.-educador) pela UERJ; Mestre em Tecnologia da Imagem pela UFRJ; em horário comercial brinca com catracas musicais e engrenagens sonoras, nas horas vagas é trabalhador árduo (carimba e assina como quem assassina). e vice-avesso.
"Através de um refrator, Alexandre Dacosta tem uma visão panorâmica da criação artística, sem fronteiras de linguagem. Sua obra tem o humor e a inteligência que vemos no ator e a poesia melódica e atonal que escutamos no compositor e cantor AD. A princípio parecem vários artistas, cada um na sua função específica. Após uma anatomização crítica, vemos o retrato-falado de um ser único, desdobrando-se em diversos heterônimos, como o mercúrio, líquido denso e fascinante, amálgama venenoso de temperatura eclética, que não perde sua essência sensível mesmo na infinita parte ínfima. E é nesta perícia plena de curiosidade que encontramos um artista contemporâneo, onde as regras são desajustadas e as réguas ilimitadas" (Miriam Ash, poeta e crítica de arte)

Alexandre Dacosta, artista visual, músico, compositor, cineasta, ator e poeta. Advindo da Geração 80 realizou 10 exposições individuais e mais de 70 coletivas no Brasil e no exterior, apresentando pinturas, esculturas, objetos ou instalações. Como cantor, músico e compositor, além de fazer trilhas sonoras para filmes e vídeos, está lançando o CD Livro "Adjetos” (Ed. 7 letras - Lado 7/ 2011) com canções para esculturas/ objetos). Como diretor e roteirista produziu 14 filmes de curta-metragem, sendo 6 ficções, 3 documentários e 5 experimentais. Como ator, participou de mais de 30 filmes, 17 peças de teatro e musicais, diversas minisséries, seriados e novelas. Como poeta, publicou [tecnopoética] (Ed. 7 Letras/ 2011) com poesias gráficas e poemas-objetos.
Alexandre Guarnieri, poeta, arte-educador habilitado em História da Arte pelo Instituto de Artes da UERJ, Mestre em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da UFRJ (ECO). Integrou, a partir de 1993, o movimento carioca da poesia falada. Fez parte da primeira formação do grupo performático "V de Verso", coordenado pelo poeta Chacal. Junto com o poeta Flávio Corrêa de Mello, coordenou o NCP (Núcleo de Criação Poética) do Sobrado Cultural, na zona norte do Rio, onde mantinham o recital mensal "Poesia no Sobrado". Publicou poemas em revistas e jornais, dentre eles o Panorama da Palavra (do qual foi colaborador), a Revista Urbana, O Carioca, La Isle.com, o Suplemento Literário de Minas Gerais. "Casa das Máquinas" (Ed. da Palavra/ 2011) é seu livro de estréia. Atualmente edita e colabora com a Revista de Poesia e Arte Contemporânea Mallarmargens.


Alexandre Guarnieri


Alexandre Dacosta

[ Versos Alexandrinos ]

Uma coisa é você escrever um livro. Não mais um livro, mas um livro planejado e pensado de longa data. Outra coisa é construir um livro. Não editar, apenas, mas pensá-lo por inteiro, no sentido de que haja poesia em tudo. E tudo isso junto é Alexandre Guarnieri.
Recebo cumprimentos como editora de Alexandre Guarnieri, mas não deixo de esclarecer que o mérito do projeto gráfico do livro pertence a ele que, não bastasse isso, também roteirizou e montou o vídeo que faz parte do poema-show [ versos alexandrinos ] que apresenta com Alexandre Dacosta.

Não conhecia Alexandre Dacosta e fiquei também bastante impressionada com a sua poesia que é também
arquitetura e surpresa. Juntos, trazem algo realmente inventivo para os palcos da poesia, tão dilacerados.

Na mesma noite, no Auditório Cartola, no Centro Cultural da UERJ, lançaram seus livros Casa das Máquinas, e [ Tecnopoética ], respectivamente.


O auditório estava cheio. Lá fora rolava um funk pesado. Havia banquinhas e muita gente bebendo. Era mesmo muita gente. Tipo qualquer feira. E eu pensando: essa música (que é de música chamada) numa universidade. E o sertanejo universitário? Quais são as chances?

Mas isso sou eu e minhas idéias. O importante é assistir os Versos Alexandrinos dos dois Alexandres que se
identificaram e seguem inventando.



 [ Tecnopoética ]
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